Forjando Uma Elite: a (re)invenção das Tradições na Academia Militar Paulista (1931-1944)

Autores

  • Samuel Robes Loureiro

Palavras-chave:

Ensino Militar, Cultura Escolar, Invenção das Tradições

Resumo

O artigo tem por objeto o estudo da invenção das tradições do uniforme histórico e do espadimnas escolas militares brasileiras. A pesquisa buscou contribuir com os estudos sobre a história do ensino militar brasileiro e identificar os intelectuais e os projetos que reformularam esse sistema escolar. Buscando alternativas ao referencial da história oficial e ao estruturalismo althusseriano, foram utilizados os referenciais de pesquisadores como Thompson e Hobsbawn, em especial a ideia de invenção das tradições. Foram analisadas fontes disponíveis nos acervos de instituições como oMuseu da Polícia Militar do Estado de São Paulo; oArquivo Histórico do Exército (AHEx);entre outros. A pesquisa concluiu que as tradições do uniforme histórico e do espadimforam inventadas durante uma reforma conduzida pelo coronelJosé Pessoa, entre 1931 e 1934, na Escola Militar do Realengo, com o objetivo de construir um novo modelo de oficial, contrário ao padrão dos oficiaisrebeldes que participaram dos movimentos tenentistas da década de 1920.Ainda na década de 1930, esse modelo foi adaptado à escola de formação de oficiaisda Força Pública do Estado de São Paulo com o objetivo de despolitizar os futuros oficiaisda corporação, evitando que eventos como a Revolução de 1932 voltassem a ocorrer.

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Publicado

2020-11-04

Como Citar

Robes Loureiro, S. . (2020). Forjando Uma Elite: a (re)invenção das Tradições na Academia Militar Paulista (1931-1944). Revista Historiador, (10). Recuperado de https://revistahistoriador.com.br/index.php/principal/article/view/203