“O Estado Sanitario, Em Geral, Não Foi Bastante Satisfactorio”: Entre Avanços e Retrocessos na Saúde Pública Piauiense (1889-1930)
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10578454Palavras-chave:
História, Saúde Publica, Postos de SaúdeResumo
O objetivo do trabalho é discutir as iniciativas públicas de saúde no Piauí durante a Primeira República, a partir da problemática da proposição de uma cultura sanitarista que sofria restrições na aplicação das iniciativas governamentais. O Rio de Janeiro, mesmo sendo a capital do país, possuía péssimas condições de salubridade, enquanto o interior do país vivia em condições de abandono. Segundo Nádia Santos (2014), a transferência da capital do Piauí de Oeiras para Vila Nova do Poti, em 1852, mostrou que os interesses políticos e econômicos adquiriram preponderância, apesar das questões que envolviam as dimensões culturais de aquisição de civilização e modernização, que estavam vinculadas às condições de saúde. A Vila Nova do Poti, doravante Teresina, não possuía estrutura de capital moderna e as doenças se alastravam em demasia. No início da República, o governador Gabino Besouro afirmava que as condições de saúde se encontravam de forma satisfatória, porém a falta de profissionais e demais estruturas para atendimento colaboravam para o estado sanitário insatisfatório. A partir da década de 1920, tornou-se mais visível a preocupação com a salubridade da população piauiense com o funcionamento dos postos de saúde e delegacias de higiene no Piauí. (MARINHO, 2018).