Imorais e Indecentes: Odair José e Agnaldo Timóteo e a Subversão da Moral e dos Bons Costumes Pela Música Cafona

Autores

  • Matheus Bomfim e Silva Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.10578529

Palavras-chave:

Música, Brega, Moral

Resumo

Durante a década de 1970 no Brasil muitos artistas fizeram sucesso cantando baladas românticas, como Odair José e Agnaldo Timóteo, e foram taxados de "cafonas" pela mídia e pelos pesquisadores da música brasileira, acusados de fazerem uma música alheia às questões sociais e políticas do país. Em contraste com a recém formada MPB, que tinha o objetivo de ser uma arte engajada e questionadora do regime militar. Entretanto, com base na análise das letras e leitura de bibliografia sobre o período citado e a ditadura militar, percebemos que tanto Odair e Agnaldo questionaram a moralidade vigente e deram protagonismo a grupos marginalizados, como a prostituta e os homossexuais. Odair José teve canções censuradas por irem contra a moral e bons costumes defendidos pelo regime e setores da sociedade e Agnaldo Timóteo compôs uma trilogia de canções sobre os sentimentos dos homossexuais. O seguinte trabalho mostra que mesmo cantando sobre esses temas importantes e sofrendo censura, esses artistas sofreram preconceito por parte de grupos intelectuais e em consequência foram pouco discutidos na nossa historiografia sobre música e censura durante o regime militar pós golpe de 1964.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2021-12-31

Como Citar

Bomfim e Silva, M. (2021). Imorais e Indecentes: Odair José e Agnaldo Timóteo e a Subversão da Moral e dos Bons Costumes Pela Música Cafona. Revista Historiador, (14), 73-92. https://doi.org/10.5281/zenodo.10578529