Gênero e Religião: As Virgens Vestais como prodígio
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10571081Palavras-chave:
Virgens Vestais, Crime de Incesto, Gênero, Religião RomanaResumo
Este artigo propõe analisar, à luz da teoria de gênero e do discurso sobre poluição e impureza religiosa, o sacerdócio das sacerdotisas virgens vestais romanas. Nesse sentido, temos como foco uma investigação acerca da transformação do crimen incesti (crime de incesto) cometido por uma vestal, que teria quebrado seu voto de castidade - sendo ele ao mesmo tempo indicador de impureza - e sua transformação em prodigium (prodígio). Para isso, abordamos as categorias de prodígios e a definição do crime de incesto, expondo a sua peculiaridade e excepcionalidade, no período tardio da República e anos iniciais do Império (aprox. 200 a.C até 200 d.C.), além do seu significado para a res publica.