Festa de São José: análise da obra “O Cabeleira” (1876) e a relação da seca em Pernambuco (1775-1793)
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10552302Palavras-chave:
Festa de São José, Seca, Século XVIIIResumo
Durante a segunda metade do século XVIII, a província pernambucana sofreu com intensas secas. Ao longo de vários séculos, foi possível caracterizar e entender a relação climática da região, prevendo os momentos de escassez e pouco aproveitamento econômico. As décadas de 1770 e 1780 foi marcada pela formação de flagelos que desestruturaram a sociedade durante o período: além da seca, a formação do bandidismo social. Uma das principais soluções que a sociedade interinara encontrara para enfrentar os acontecimentos de vivenciados durante o período, foi a confiança no santo católico e organização de procissões. Publicado em 1876, a da obra O Cabeleira, escrita por Franklin Távora, foi uma narrativa naturalista que preservava as narrativas pernambucanas durante o final século XVIII. A partir disso, foi possível extrair como a relação da festividade e a convivência com as adversidades climáticas, fora importante para amenizar a situação do período. Dentro do romance, destaca-se a relação dos flagelos sociais da segunda metade do século XVIII – a seca, a epidemia de febre amarela e a formação do bandidismo social –, possibilitando o entendimento de como a festividade de São José predispôs o fortalecimento da sociedade interiorana, para o enfrentamento das lamentações que rodeavam Pernambuco durante o período, influenciando diretamente sua organização, sua política e sua relação econômica.