Da invenção do Renascimento: as querelas do nascer da Idade Moderna europeia
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10552370Palabras clave:
Idade Moderna, Rupturas, ContinuidadesResumen
Partindo do desenvolvimento do conceito de modernidade sob a luz do Renascimento, este artigo tem como objetivo localizar a sociedade moderna, levando em consideração seu espaço-tempo social, mental, político, religioso e cultural como uma temporalidade dotada de continuidades dos efeitos do medievo. Em seus meandros, o trabalho exibe panoramas que envolvem o emergir da Idade Moderna a partir da perspectiva que desmistifica a ideia do movimento renascentista enquanto um caminho que viabiliza transformações abruptas naquele contexto, pondo à prova a suma atmosfera de rompimento e total ensejo de distanciamento à chamada “Idade das Trevas”, próprias do século das luzes, inoculadas no imaginário popular especialmente durante os séculos XIV, XV e XVI. Para isso, partimos das visões de nomes como J. Delumeau, P. Anderson, R. Chartier e N. Elias, para traçar uma análise que encara a Idade Moderna não como um recorte temporal que se aparta do fluxo histórico na ambiguidade da caracterização entre “luz” e “sombra”, mas que o insere na linha do tempo das heranças da medievalidade europeia.